A volta do quadro “Na Estrada com Galvão” neste domingo, no Esporte Espetacular, tem novidades e polêmica. Galvão Bueno foi até Barcelona e depois até Juazeiro, na Bahia, para mergulhar na vida e na alma de Daniel Alves. A entrevista que vai ao ar neste fim de semana foi realizada antes do episódio da banana lançada pela torcida no lateral durante o jogo entre Villareal e Barcelona, pelo Campeonato Espanhol. No entanto, por ele ser alvo recorrente de racismo, o tema também foi abordado no papo com o narrador da TV Globo.
Ao receber a equipe, ele avisou. – Deve ser a primeira vez e última que faço uma entrevista na minha casa.
Os motivos? Ficaram com o jogador do Barcelona, mas ele se soltou. Daniel garantiu que Cristiano Ronaldo não é marrento, que adoraria ter o craque e astro do rival Real Madrid atuando em seu time. Porém, não escondeu a desaprovação a outro jogador do clube merengue, o brasileiro naturalizado português Pepe. O lateral-direito não apenas ironizou a opção do jogador de defender outra seleção, como deixou claro que o seu jeito de atuar não o agrada. Educadamente, sugeriu que o rival não é leal em campo. Sobre Copa do Mundo, Daniel assumiu desejo de reencontrar a Holanda nas oitavas de final, para se vingar da eliminação em 2010.
ORIGENS NA BAHIA
O jogador falou de suas origens na cidade de Juazeiro, na Bahia, da disputa clubística que trava com o pai Domingos, palmeirense doente e que pediu, no ar, para o filho encerrar a carreira no Palestra Itália. Daniel, no entanto, disse ser são-paulino. Durante a entrevista, houve visita à cozinha da casa para bater um papo com o chef capixaba contratado para ocasiões especiais, João Alcântara. Ele explicou a receita da moqueca capixaba-baiana e falou dos gostos de Daniel. Como o assunto era culinária, Galvão brincou dizendo que almoçou duas vezes: uma em Barcelona e outra no Rei do Caldo, em Juazeiro, embaixo da ponte que liga Bahia e Pernambuco, para provar o “Podrão”, prato preferido do lateral-direito da seleção brasileira quando volta para casa.
RACISMO HÁ 11 ANOS
Sem ter a menor ideia de o que o assunto voltaria à tona com sua participação alguns dias depois da entrevista, Daniel deu uma longa resposta sobre o racismo no futebol, antevendo o que ele faria no jogo em que fosse tratado com diferença, como aconteceu na partida contra o Villareal. O jogador é contra dar destaque aos racistas, acha que o melhor a fazer é ignorar e não se rebaixar ao nível deles. Considera também que atitudes no futebol precisam ser bem estudadas, porque há 11 anos sofre com isso na Espanha, mas acha que o mesmo torcedor que o chama de macaco não faria isso fora do estádio. Ele teme exageros e generalizações.
SEMPRE NA MODA E A VIDA EM BARCELONA
Daniel também contou a Galvão a sua vida na Espanha. No fim do papo, uma conversa descontraída sobre estilo, seu gosto “fashion”, do amor pelos chapéus e dos segredos para chegar aos jogos da Seleção sempre na moda. Não perca, é domingo, no Esporte Espetacular!
Fonte: Globo Esporte