Quase metade dos 34 municípios baianos avaliados pela Controladoria-Geral da União (CGU) tirou nota zero no ranking que mede o grau de transparência do poder público, divulgado nesta sexta (15).
No total, 16 cidades do estado, com população de até 50 mil habitantes, não cumpriram requisitos mínimos estabelecidos pela Lei de Acesso à Informação e ficaram sem pontuar no levantamento da CGU que deu base para a criação da Escala Brasil Transparente.
Outros 17 sequer atingiram a casa dos três pontos. Apenas Salvador, com 6,67, conseguiu se salvar, mesmo assim ficou em 14º lugar entre as 27 capitais, bem distante dos líderes São Paulo (10), Curitiba (9,31), Brasília (8,89), Recife (8,75) e Fortaleza (8,61).
Melhor do pior
Apesar da má performance na avaliação da CGU, os municípios da Bahia se saíram melhor quando comparados com o restante do Nordeste. No Maranhão, o índice de cidades com nota 0 em transparência foi de 100%. No Piauí, apenas a capital, Teresina, conseguiu escapar, ainda que 3,6 pontos sejam insuficientes para garantir aprovação. No Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Pernambuco e Sergipe, o percentual de municípios zerados ultrapassou a marca de 50%. Já os paraibanos surpreenderam. Das 18 cidades, apenas quatro entraram na lista dos piores, enquanto cinco obtiveram nota superior a 8.
Acima da média
Em relação ao ranking feito para medir os níveis de transparência dos governos estaduais, a Bahia até que não foi mal. Obteve a 12ª colocação no ranking, embora tenha recebido uma nota alta na avaliação da CGU – 8,33. Ceará (10), São Paulo (10), Paraná (9,72), Sergipe (9,31) e Santa Catarina (9,1) garantiram lugar no top 5. Nove estados ficaram abaixo dos 5 pontos – incluindo Rio de Janeiro, Amazonas, Pará e Mato Grosso do Sul. Amapá e Rio Grande do Norte foram os dois únicos com nota zero. O levantamento foi feito de 12 de janeiro a 4 de maio. A CGU prevê uma nova medição no segundo semestre deste ano.
Acordo pré-nupcial
Depende agora apenas do DEM o fechamento do acordo para fusão com o PTB. Depois de obter aval da maior parte dos cardeais petebistas, líderes do partido negociaram com os democratas, ao longo da semana, saídas para os últimos impasses ao casamento das duas siglas. Na quinta-feira, concluíram uma proposta, que ainda tem que ser aceita pela cúpula democrata. O resultado sai depois de amanhã. Se o desfecho for favorável, o anúncio da convenção conjunta para oficializar a união sai no mesmo dia. Caso contrário, as duas legendas reabrem a mesa de negociações. Um dos entraves tem a ver com o senador Fernando Collor (PTB-AL). O DEM resiste à permanência do político alagoano. Por outro lado, o PTB diz que a presença de Collor no partido é cláusula inegociável.