Vestidos de branco, os presentes carregavam consigo velas acesas e sentimento de solidariedade. Foram feitos círculos de oração e entoados vários louvores. A menina Beatriz Angélica, de sete anos, foi assassinada a facadas no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, durante uma solenidade de formatura no dia 10 de dezembro de 2015.

caso de Beatriz em Petrolina
(Foto: Juliane Peixinho / G1)
Durante a manifestação, a mãe fez um pronunciamento emocionado. Ela cobrou a colaboração da escola nas investigações. “Não podemos viver com medo e aterrorizados e, para isso, a Escola Nossa Senhora Auxiliadora tem que contribuir com as investigações dos fatos e a polícia tem obrigação de dizer quais as motivações e quem são esses monstros. A brutalidade aconteceu dentro de uma escola católica com quase 90 anos de tradição na região”, relata Lúcia Mota.
Em seu discurso, Lúcia pediu um pronunciamento do Ministério Público Federal e ajuda da Polícia Federal para que o crime seja desvendado. “Esperamos um pronunciamento do MPF. Queremos saber quem são os promotores da Infância e Juventude de Petrolina que estão acompanhando o caso e qual a colaboração têm dado para que o crime seja desvendado. Esperamos que a Polícia Federal também ajude, porque a depender da motivação, o problema não é apenas de Petrolina e Juazeiro”, ressalta.
A mãe reconheceu ainda o trabalho da polícia. “Queremos agradecer ao delegado, policiais e investigadores que estão se empenhando para desvendar esse caso. Nós queremos justiça, respostas, queremos paz para todas as famílias. A possibilidade do crime ser passional já foi descartada pelos investigadores. Mas, exigimos uma resposta, porque tem uma pessoa ou um grupo solto que está impune”, conclui.
Em entrevista ao G1 nesta quinta-feira (11), o delegado de Polícia Civil que é responsável pelo caso em Petrolina, Marceone Ferreira, disse que a investigação corre em sigilo, mas que o caso é de alta complexidade.
Quem desejar contribuir com a investigação do Caso Beatriz pode denunciar pelo telefone fixo (81) 3719-4545, o custo é de uma ligação interurbana, ou gratuitamente no site da organização. Outra alternativa é fazer a denúncia via WhatsApp: (81) 9 9119-3015. A recompensa é de até R$ 5 mil.
Fonte: G1