Política

Wagner diz que operação da PF foi ‘desnecessária’ e que delatores ‘querem se livrar de pena

O ex-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jaques Wagner (PT), falou sobre a operação da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (26). Para Wagner, a ação de busca e apreensão comandada pela PF na casa onde vive foi “desnecessária”.

“Há pronunciamento do TCU dizendo que os preços são normais. Esse processo teve consulta pública, audiência pública e só depois foi feito o edital. Eu acho uma aberração se colocar que a exigência da demolição… um preço ridículo em relação ao preço do conjunto da obra, então eu espero que o processo de inquérito se encerre e que a gente tenha direito de se defender do TRF1”, explica.

O secretário é suspeito de ter recebido R$ 82 milhões em propinas por meio de contratos firmados pelo governo do Estado com o Consórcio da Arena Fonte Nova para a construção do estádio.

Para Wagner, os delatores da Lava Jato não têm “compromisso com a verdade” quando depõem e só estão preocupados em “se livrar da pena”. “Os delatores seguramente querem se livrar de sua pena. Alguns já estão na Suíça passeando de esqui. Então eles falam o que quiserem. De onde foram tirados os 82 milhões de reais? Eu acho um absurdo e vou repetir: só serve para manchete de jornal”, garante.

A Operação Cartão Vermelho foi deflagrada pela Polícia Federal nesta manhã e além de Wagner, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, também foi alvo das investigações. Na época da construção da Arena Fonte Nova, ele era funcionário da OAS.

Deixe uma resposta