Quando alguém se machuca é comum a dúvida sobre que tipo de problema o trauma desencadeou, já que é difícil saber qual a diferença entre torção, luxação, contusão e fratura. Dito isto, para acabar de vez com todas as questões que envolvem este assunto, o ortopedista e especialista em cirurgia do pé e tornozelo, Dr. Rafael da Rocha Macedo, explica abaixo cada umas dessas lesões, seus sintomas e tratamentos.
Contusão – É considerado pelo especialista o menos grave, pois é o resultado de uma pancada que pode vir acompanhada de hematoma, dores e inchaço. Porém, não conta com cortes em tecidos moles, que são formados por vasos sanguíneos, vasos linfáticos, músculos, tecido gorduroso, aponeuroses, tendões e nervos. O problema pode ser resolvido com repouso, compressa de gelo sobre o local para diminuir o desconforto.
Torção – Este problema, que também causa dor, inchaço, hematomas e até dificuldade para caminhar, é caracterizado pela ruptura total, parcial ou estiramento do ligamento de uma articulação, que são estruturas elásticas que unem um osso a outro. O tratamento pode ser feito com repouso, uso de medicamentos, uso de gesso ou atadura para imobilizar a região e, em casos graves, intervenção cirúrgica.
Luxação – Caracterizada por uma lesão em que a articulação é tirada de sua posição normal, a luxação é uma urgência ortopédica, pois quando a cartilagem do local é danificada aumenta-se o risco de uma degeneração da articulação afetada, conhecida como artrose. “Este problema pode ocorrer após quedas, acidente automobilístico ou devido à frouxidão nos ligamentos articulares. Seu tratamento é feito com o posicionamento do osso no lugar feito pelo ortopedista, imobilização da região, fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia para posicionamento ósseo”, explica Macedo.
Fratura – O problema é causado após trauma que leva a quebra do osso, desencadeando dor forte, inchaços e hematomas. A fratura pode ser considerada fechada, quando o osso não é evidenciado, ou aberta, quando existe abertura da pele. Este também é um caso de emergência ortopédica, já que o problema pode causar complicações sérias à saúde do indivíduo, que vão desde danos aos vasos sanguíneos, aos nervos, infecções no osso, entre outros problemas, que podem colocar em risco a vida do paciente. O tratamento para alívio da dor e o controle de seus depende muito do tipo da fratura e do osso acometido, pode variar desde imobilização do seguimento até procedimentos cirúrgicos para o restabelecimento da anatomia normal.
Vale lembrar que independente do tipo de problema o ideal é sempre procurar a opinião de um especialista. “Atualmente, existem inúmeras opções de tratamentos que possibilitam uma rápida recuperação do paciente, mas para isso é essencial ter um diagnóstico preciso da enfermidade e começar com o método adequado para cada situação”, finaliza o especialista.