PELA MANUTENÇÃO DO ISOLAMENTO SOCIAL EM REMANSO, A VIDA VEM ANTES DO LUCRO!
Para responder às pressões de grandes comerciantes, o prefeito Zé Filho libera a abertura do comércio e feiras livres nessa sexta-feira (03), a partir de recomendações do governo estadual, Rui Costa.
Esse decreto vai na contramão das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), especialistas em saúde e epidemiologistas. De forma inoportuna, coloca a vida de milhares de pessoas em risco, uma vez que, não há UTIs em Remanso em caso de necessidade.
De forma irresponsável, esse decreto pode comprometer não só saúde, como a própria economia, haja vista que, com o adoecimento da própria população, a pouca renda das famílias serão destinadas a remédios e tratamentos.
É preciso entender que, com “cliente e trabalhador morto a economia não funciona”. Com essa medida, portanto, podem gerar problemas socioeconômicos e psicológicos ainda maiores, levando em consideração a alta intensidade de circulação da covid-19.
Ao invés de decretar intervenções irresponsáveis, a gestão poderia por em prática dez medidas urgentes para amparar minimamente a população remansense.
1. Pagamento a todos trabalhadores: contratados e concursados, quitando os atrasos para que essas famílias garantam sua renda;
2. Distribuir cestas básicas nas comunidades mais carentes, garantindo kits de higiene, incluindo álcool gel;
3. Isenção do pagamento de água por três meses para as famílias mais carentes, trabalhadores informais e desempregados;
4. Reforçar a limpeza das ruas, nas áreas periféricas em especial;
5. Redução emergencial de 30% do salário de secretários, altos cargos comissionados, vereadores, prefeito e vice-prefeito;
6. Criação de um fundo de emergência, realocando a redução salarial e recolhendo doações;
7. Utilização da rede hoteleira, para isolamento dos trabalhadores da saúde e possíveis casos comprovados;
8. Cobrança de recursos na instância estadual e federal;
9. Crie um canal informativo amplo nas redes sociais, capaz de orientar nossa população;
10. Acolhimento de moradores de rua, garantindo acesso a banho, produtos de higiene, dormitórios e alimentação.
Viemos a público manifestar repúdio a esse decreto. Que o prefeito reveja essa ação irresponsável e genocida!
Por Matheus Rodrigues, membro da Unidade Classista-RSO.