Em uma entrevista agendada desde dezembro do ano passado, portanto, bem antes da pandemia que hoje assombra o mundo e leva temor a toda a humanidade, o advogado, líder político e pré-candidato a prefeito de Remanso pelo PC do B, Marcos Palmeira fala de seu trabalho em favor dos mais necessitados, de seu envolvimento com as questões políticas do município e da vontade de ver a cidade “do tamanho do coração de nossos conterrâneos”.
Abaixo publicamos trechos da entrevista.
“Gostaria de ver Remanso sem a mesquinharia que hoje é comum entre os seus governantes, com pessoas dispostas a contribuir com o desenvolvimento, preocupada em melhorar a vida nas comunidades, em criar condições de sobrevivência para crianças e idosos” – ele fala.
Para Marcos Palmeira, “não dá mais para oferecer empregos miseráveis a uns poucos escolhidos, enquanto que milhares, na caatinga, na periferia de nossa cidade, passam fome, estão sem água, expostos a doenças, sem segurança. Temos uma dívida social com nossa gente que tem de ser paga” – ele responde quando indagado quais alternativas ele teria como prefeito para impulsionar o desenvolvimento de Remanso e melhorar a vida das comunidades.
“Se nós ampliamos o saneamento e melhoramos a água oferecida, já estamos dando passos enormes para diminuir a mortalidade infantil. Se nós capacitamos e pagamos salários dignos a professores, já estamos criando condições de oferecer um futuro melhor a milhares de novos cidadãos”
Questionamos estas afirmações: “Prefeito, ações como estas só dão resultado a longo prazo. E como resolver a situação agora? Com a crise, o desemprego, o corona vírus, a falta de apoio do governo federal? ”
Marcos Palmeira começa por reconhecer as dificuldades, a falta de recursos e o “desinteresse do atual governo federal” em ajudar os mais necessitados e dá o exemplo do corte de quase 200 mil bolsas família em plena crise do vírus e ações de perseguição explícita a governadores e ao povo do Nordeste; mas é esperançoso: “A prefeitura tem possibilidades de agir de imediato. Vou só dar alguns exemplos: a taxa de iluminação pública pesa na conta de luz de todo mundo. A prefeitura poderia isentar os consumidores de baixa renda da taxa de iluminação pública”.
Diz que seria uma conta pequena diante dos benefícios. Fala também da possibilidade de oferecer cestas básicas aos alunos da rede municipal: “O prefeito suspendeu as aulas, então reduziu as despesas. Poderia destinar boa parte destes recursos para adquirir comida e oferecer aos alunos. Grande parte deles tem na escola a única refeição. Porque não fazer isso? ” – Indaga.
“Água. O abastecimento de água em Remanso é precário e a qualidade nem sempre é a melhor. Vamos diminuir essa dívida que os governantes têm com a população: bairros periféricos estão dispensados do pagamento da conta de água por três meses. Uma ação simples, mas que vai de encontro à mesquinharia de quem quer só ganhar e dividir entre os escolhidos”
Marcos Palmeira cita outros inúmeros exemplos. Fala, por exemplo de milhares que tiveram suspensos os benefícios do bolsa família: “São pessoas de lá de dentro da caatinga, necessitados, abandonados e sofridos. Que tinham no Bolsa Família sua única fonte de sobrevivência. A maioria de mães sem o pai, que saiu em busca de sobreviver. Centenas, talvez milhares, só aqui em Remanso foram cortados. Porque a prefeitura não assume esse repasse? Nada impede! Dinheiro tem ou a gente não estava vendo caminhonetes novas, salários altos, pagamentos sem explicação a fornecedores que nunca ninguém viu. ”
Marcos Palmeira insiste: “Atendo um chamamento das pessoas. Que veem ao escritório, que me param nas ruas, que me falam nos grupos. Pessoas que depositam fé e esperança nas nossas propostas e começam a ter vergonha do prefeito, de alguns partidos, de uns poucos vereadores. Vou em frente. Não há derrotas para quem acredita na força do povo”.
Remanso Notícias