Deputado que pediu abertura da CPI da Coelba denuncia reunião, a portas fechadas, entre empresa e parlamentares
O deputado estadual Tum (PSC), autor do pedido de abertura da CPI da Coelba, afirmou nesta terça-feira (9) ao Metro1 que a concessionária de energia elétrica tem assediado parlamentares para uma reunião a “portas fechadas” prevista para esta quarta (10), às 10h. Segundo Tum, trata-se de uma “manobra” para tentar esvaziar a comissão antes mesmo de sua instalação na Assembleia Legislativa (Alba). O encontro terá a presença do diretor presidente da Neoenergia Coelba, Luiz Antonio Ciarlini.
Procurada pelo Metro1, a assessoria da concessionária ainda não se manifestou.
“Essa reunião, a portas fechadas, é totalmente equivocada. Não tem cabimento um negócio desse. Entendemos que se trata de uma manobra da Coelba tentando se antecipar aos fatos que ainda não existem e que ainda serão apurados pela CPI”, criticou Tum.
De acordo com o deputado, embora a Coelba defenda seus interesses, a empresa não deve agir para “atropelar” uma prerrogativa do Legislativo.
“Tenho recebido ligações de deputados dizendo que estão sendo procurados pela Coelba, mas que não acham justo e não vão participar da reunião antes da CPI. Fizemos uma parecer com especialistas e o encaminhamos à Procuradoria da Assembleia para que haja um processo legítimo, dentro dos padrões constitucionais, dentro do regimento da Alba e do que prevê a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, acrescentou Tum.
Apesar da movimentação da Coelba, a expectativa do deputado é que a CPI inicie os seus trabalhos ainda nesta semana. O pedido para a instalação da comissão aguarda parecer da Procuradoria Jurídica da Alba.
Com o apoio de 39 signatários, o requerimento apresentado por Tum justifica a instalação da comissão diante da falta de transparência da composição tarifária dos serviços prestados pela Coelba, o baixo índice de satisfação dos consumidores no estado (a empresa lidera o ranking de reclamações no Procon), o não cumprimento de cronograma de instalações do programa Luz Para Todos, dentre outras supostas irregularidades.