Entretenimento

Whindersson Nunes revela luta contra drogas e defende Luísa Sonza das críticas

O humorista Whindersson Nunes, 26, revelou a luta contra as drogas no capítulo final de sua biografia “Vivendo Como Um Guerreiro”, escrita por Gabriel Chalita e lançada pela Editora Serena. Ele disse que se afundou nas drogas após o fim do casamento com a cantora Luísa Sonza, 23, em abril de 2020.

“Quando acabou com a Luísa, eu também tive o meu penhasco [alusão à música de mesmo nome que Luísa gravou]. A minha forma de lidar com essas situações é muito minha. Eu falo com o silêncio. Eu falo com o recolhimento. E, às vezes, falo errado. Reconheço que errei. Que as drogas foram me destruindo.”

Mas Nunes reforça que Luísa não tem culpa dele se afundar nas drogas, porque já era usuário antes mesmo de conhecê-la, em 2017. “Quando a vi, pela primeira vez, eu a vi no efeito da droga. Eu a vi meio que brilhando. Foi o começo de uma viagem.”

O isolamento social devido a pandemia de Covid, que coincidiu com o fim do casamento, foi outro fator apontado pelo artista como derradeiro para se afundar nas drogas. Ele disse que ficar sozinho e sem poder sair de casa fez com que se drogasse sem intervalos.

“Eram drogas e mais drogas tentando estancar sei lá o quê. Um mês. Um mês, e eu tenho a certeza de que não foi a Luísa a culpada. E não foi por ela que eu me lancei nesse abismo. Foi por mim. Foi por um buraco dentro de mim. Foi pela ausência das certezas da minha vida”, afirma.

O humorista voltou a falar da depressão, que já havia revelado em entrevistas, e do sofrimento com um vazio que parece interminável. Mas ele admitiu que não é o único a sofrer da doença, que tem tratamento, apesar dele se esquecer disso em alguns momentos.

“Bala, LSD em doses cavalares e algumas outras -eu sofria tanto e achava que eu merecia. E o foco da minha vida virou nada, nas noites que não amanheciam. A sensação, às vezes, era de um descolar da alma do corpo. E o nada me fazia companhia”.

Segundo ele, o efeito do uso das drogas aumentaram as “paranoias”, medos das violências e invasões da vida e causaram pânico. O humorista afirma que um amigo chamado Robson cuidou dele e foi fundamental nessa fase para que a solidão não piorasse. “Não desejo isso para ninguém. Meu cérebro derretendo. Minhas noites indormidas, virando de um lado para outro. Acusando o chão de não me caber. Tudo muito sofrido.”

O artista admite que poderia ter perdido tudo o que conquistou como muita gente que se afunda nas drogas. “E é esse meu jeito de professor que me faz contar essa história e desejar que outras pessoas não passem pelo que eu passei. Ou, se estiverem passando por isso, que tenham forças para recomeçar, como eu tive. Como eu tenho.”

Nunes falou que algumas vezes pensou em se internar para controlar o vício em drogas, mas os amigos diziam que isso seria um prato cheio para a mídia. “Também não queria que isso fosse um prato cheio para que as pessoas culpassem a Luísa. Não. Definitivamente, a culpa não foi da Luísa.”

Ele falou dos inúmeros momentos que viveu com Luísa e como ela o ajudou com a autoestima: “E ela estará sempre em mim”. Segundo Nunes, o olhar dela fazia com que ele acreditasse que, de fato, era interessante e legal. “Até hoje eu tenho uma confiança que ela fez brotar em mim.”

“Quero bem a Luísa e quero que os espaços da sua vida sejam sempre preenchidos com muito amor. Seu sucesso é de alguma forma um perfume que me lembra que é sempre bom cuidar das pessoas. E não quero que as pessoas destruam o que vivemos.”

Ele agradeceu a sua ex-noiva Maria Lina Deggan, 23, mãe do filho que morreu após complicações de um parto prematuro, que o ajudou nesta fase e que sempre fará parte da vida dele.
“Não digo que alguém surge na nossa vida para resolver a nossa vida. Mas sou grato à Maria. Foi nessa viagem sem fim que conheci Maria. As minhas bagunças precisavam ser arrumadas. Eu fiquei envergonhado de estar naquela situação. E fui me arrumando.”

Deixe uma resposta