Desde a primeira semana de 2022, o Distrito Federal vem enfrentando uma nova onda de casos de Covid-19 com a cepa ômicron, junto com um crescimento no número de infectados pela influenza H3N2. Junto às duas doenças, a Brasília também registra casos de dengue nesta época do ano.
As três doenças, apesar de distintas, apresentam algumas características em comum, como febre e dor de cabeça. A orientação dos profissionais de saúde é que, ao apresentar qualquer sintoma, a pessoa procure um médico.
“A consulta e a realização dos exames ajudam o profissional a ter um diagnóstico o mais rápido possível”, dizem os médicos.
Como diferenciar os sintomas?
A Covid-19 e a influenza são causadas por vírus que provocam infecções respiratórias. Já a dengue é uma doença arbovirose, ou seja, o vírus é transmitido por um vetor, nesse caso o mosquito Aedes aegypti.
Covid-19 e influenza
De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do DF, Fabiano dos Anjos, no caso de suspeita de Covid-19, é importante testar, para que o paciente possa ser diagnosticado e, se confirmada a infecção, isolado.
“O teste é muito importante e deve ser feito o mais cedo possível. Se a pessoa está com a doença e não tem um diagnóstico, ela pode transmitir para as outras pessoas”, diz o diretor da Secretaria de Saúde do DF.
Segundo o médico, as pessoas vacinadas contra a Covid-19 geralmente apresentam sintomas considerados leves para a cepa ômicron. Os não vacinados podem apresentar sintomas mais fortes, como dificuldade de respirar, um cansaço maior do que o esperado ao fazer um esforço, e tosse.
“No trabalho, por exemplo, a pessoa deve comunicar imediatamente o resultado para a chefia, para ser isolado e não contaminar os colegas”, diz Fabiano dos Anjos.
Também existe vacina contra a influenza. O imunizante é destinado a grupos prioritários de pessoas com idades acima de 60 anos, privadas de liberdade e imunodepressivos, além de pessoas com comorbidades.
Quando infectada pela dengue, a pessoa apresenta febre abrupta. Outros sintomas são dor de cabeça, na região dos olhos e nas articulações, além de sensação de fraqueza e dor no corpo.
“O quadro clínico da dengue pode evoluir para os sintomas gastrointestinais, com náuseas, vômitos, diarreias e dores abdominais”, dizem os médicos.
A fase crítica da dengue se dá após a diminuição da febre. “O desaparecimento da febre é o indicador de que o quadro pode se agravar”, alertam os profissionais de saúde, e os sinais de perigo são mais intensos quando a pessoa apresenta diarreia e desidratação.
De acordo com Fabiano dos Anjos, a dengue tem uma letalidade maior. “De 100 pessoas que a contraem, 25% vão manifestar algum sintoma, que pode ser leve, mas que pode evoluir para um quadro de maior gravidade, com sinais de alarme. Dentro desses 25%, 2,5% vão ter um quadro de gravidade”, explica.
No entanto, de acordo com as diretrizes nacionais do Ministério da Saúde, quase todos os óbitos por dengue são evitáveis e dependem, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e da organização da rede de serviços de saúde.
Quando houver suspeita de dengue, a primeira orientação é intensificar a hidratação oral. Nas unidades de saúde, o paciente deve receber soro de hidratação oral, “de imediato, mesmo enquanto espera por atendimento”, dizem os médicos.