O horário de verão, uma prática que divide opiniões por décadas, está longe de retornar ao Brasil. Amado por alguns e odiado por outros, essa mudança nos relógios, que vigorou de 1985 a 2018, não parece estar no horizonte, mesmo com a mudança de governo.
A extinção do horário de verão em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro ainda ecoa, e não há promessas de que ele voltará tão cedo. As boas condições de fornecimento de energia no país, graças a um planejamento eficiente e reservatórios bem abastecidos, são os principais motivos para isso.
Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão em níveis convenientes, superando os registros dos últimos anos. Além disso, a crescente oferta de energia de fontes eólicas e solares contribui para a estabilidade do sistema elétrico.
O horário de verão, criado em 1931, visava economizar energia aproveitando a luz natural, mas as mudanças nos hábitos de consumo, o uso de ar condicionado e a eficiência energética alteraram essa dinâmica. A iluminação já não representa uma parcela significativa do consumo, enquanto a climatização é uma demanda que mais impacta o setor elétrico.
Assim, o possível retorno do horário de verão parece mais uma questão de tradição do que de necessidade real para o setor elétrico. Embora muitos tenham gostado da ideia do passado, a maioria concorda que o cenário atual não exige essa mudança.