Popularmente conhecido como derrame, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das doenças que mais matam em todo o país. Essa doença nada silenciosa, quando não leva a óbito pode deixar profundas sequelas no corpo humano. Diante disso, durante todo o mês de outubro campanhas de conscientização e combate ao AVC foram realizadas para que todos possam se prevenir contra essa doença.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 8818 pessoas foram internadas após sofrer um derrame e cerca de 43.385 baianos morreram vítimas de AVC. Contudo, de acordo com a pasta, não foi possível detectar se o acidente vascular foi isquêmico ou hemorrágico.
Pressão alta, diabetes, doenças cardíacas, colesterol alto e estresse são alguns dos fatores de risco mais comuns que causam o Acidente Vascular Cerebral. Contudo, pessoas que não apresentam nenhum desses fatores também correm o risco de ter um derrame. A neurologista Priscila Rosa fala quais são os públicos mais suscetíveis a ter derrame. “O AVC ocorre mais em adultos e idosos, porém é possível em crianças também. A alguns fatores que podem contribuir para o aumento da frequência como comorbidades prévias e hábitos de vida”, comentou.
Os tipos de derrame mais conhecidos pela população são o acidente vascular isquêmico e o hemorrágico. O primeiro caso ocorre quando há uma obstrução de pequenas ou grandes artérias cerebrais. Esse bloqueio pode ser causado por uma trombose ou embolia. O acidente vascular isquêmico é responsável por cerca de 85% das mortes dessa doença. Já o AVC hemorrágico ocorre após a ruptura de um vaso causando um vazamento de sangue no interior do cérebro, chamado de hemorragia intracerebral.
A data oficial de combate ao AVC foi no último domingo (29), porém é preciso estar ciente dos sintomas e de como se prevenir contra a doença durante toda a vida. Os sintomas mais perceptíveis e conhecidos do AVC são: alteração da fala ou compreensão; alteração da visão que pode ocorrer em um ou nos dois olhos; alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar e dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente. Após perceber qualquer um desses sintomas o recomendado é que seja encaminhado para uma unidade de saúde para receber o devido atendimento ou acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Cuidados
Evitar consumo excessivo de álcool, evitar o tabagismo, manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e estar em dias com as consultas médicas são hábitos saudáveis que é preciso adotar para não desenvolver um fator de risco que possa resultar num AVC.
Quem já sofreu algum derrame também precisa se cuidar para não passar por isso novamente, alerta a neurologista. “Para os pacientes que já tiveram AVC o ideal é manter sob controle as doenças existentes que levaram ao AVC. E tomar as medicações orientadas pelo neurologista a fim de evitar novos episódios de AVC ou caso eles ocorram que sejam mais brandos”, pontuou Rosa.
Tratamento
É fato que a prevenção é a forma mais eficaz de não ter derrame. Porém, pacientes que já passaram por essa situação podem recorrer ao tratamento da doença. “Para o AVC existem tratamentos apenas na fase aguda da doença. Para o AVC isquêmico, por exemplo, podemos fazer uso de uma medicação chamada trombolítico (medicação para tentar dissolver o coágulo que pode estar obstruindo a passagem de sangue naquele momento), porém essa medicação é recomendada que se utilize até 4 horas e 30 minutos do início dos sintomas. Por esse motivo é importante assim que sintomas suspeitos de AVC procurar serviço de emergência”, explicou a neurologista Priscila Rosa.