O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou, nesta terça-feira (23), os resultados de pesquisas que indicam uma perda recente de aprovação ao seu governo pela sociedade.
Em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, o mandatário tratou com naturalidade o movimento capturado por diversas empresas especializadas em opinião pública e disse ter confiança no trabalho desenvolvido pela sua administração e que os resultados serão colhidos em breve.
“Um político qualquer que tiver preocupação com pesquisa no começo de seu mandato efetivamente não está preparado para ser político”, afirmou.
“Quando sai uma pesquisa, no primeiro ano de mandato, é normal que a expectativa que não foi atendida gere um mau humor na sociedade. Antes de ser presidente, fui eleitor. Sei como funcionam essas coisas”, disse.
Durante a conversa, Lula disse “ter clareza” de tudo o que prometeu na campanha eleitoral de 2022, em que derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com 50,90% dos votos válidos, e sustentou que irá cumpri-las até o fim de seu terceiro mandato.
“Não me incomoda, porque sei o que estamos fazendo e plantando”, disse. “Sei que estamos plantando desenvolvimento, geração de emprego, melhoria das condições salariais, melhoria do salário mínimo. Tudo isso está acontecendo”.
“Pensa que eu esqueci da cervejinha e da picanha? Eu não esqueci. Falo até hoje de que o preço da carne já baixou e tem que baixar mais. Tem que baixar muito mais. Ou você baixa o preço da comida ou aumenta o salário do povo. É a forma de permitir que ele tenha acesso às coisas”, pontuou.
Na última campanha eleitoral, Lula prometia melhores condições de acesso da população a esses produtos, em um discurso que unia combate às desigualdades e ampliação do mercado consumidor interno − que tem sido lembrado com frequência por opositores.
Durante a conversa com jornalistas, Lula também lembrou de seu compromisso de campanha de subir a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para até R$ 5 mil mensais até o fim de seu mandato, em 2026. “Tudo isso vai acontecer”, disse.
“No momento em que as coisas começarem a acontecer, o povo vai fazer a avaliação correta do que está acontecendo no Brasil. As pessoas podem não gostar de um presidente, mas as pessoas podem gostar da política que está sendo colocada em prática nesse país”, concluiu.