Esporte

Copa América, no Chile, começa hoje repleta de craques do futebol mundial

Chega de amistosos. A bola começa a rolar hoje para o torneio mais antigo do mundo entre seleções. Anfitrião, o Chile, em busca de seu primeiro título da Copa América, faz o jogo de abertura diante do Equador, às 20h30 (Sportv), no estádio Nacional, em Santiago, que também vai receber a final, dia 4 de julho.

O Brasil estreia contra o Peru, domingo, em Temuco. Com 12 seleções na briga pelo caneco, a edição 2015 terá um total de 26 partidas espalhadas pelas oito cidades-sedes, que receberam investimento de cerca de 100 milhões de euros (R$ 348 milhões) em reformas.

RTEmagicC_copadasamericas-x1.jpg

Tudo para receber craques do futebol mundial, encabeçados por Messi e Neymar, dupla campeã da Liga dos Campeões da Europa pelo Barcelona, no fim de semana passado. O trio de ataque do Barça só não estará completo no Chile porque Luis Suárez cumpre suspensão pela mordida no zagueiro Chiellini, da Itália, durante a Copa do Mundo, no ano passado.

Sem seu maior astro, o Uruguai, atual e maior campeão da competição com 15 títulos, aposta tudo em Cavani, que brilha no PSG, da França. Na Argentina, segunda maior campeã com 14 troféus e principal favorita por ser a atual vice-campeã mundial, atenção toda especial também para Di María, Agüero e Tevez, reconvocado.

RTEmagicC_copadasamericas-x2.jpg

Outras feras também merecem destaque. Na Colômbia, disposta a ser protagonista após chegar às quartas de final da Copa no Brasil, o brilho maior fica por conta do meia James Rodríguez, revelação do último Mundial e atual camisa 10 do poderoso Real Madrid.

Dessa vez, James terá a companhia de Falcao García, que ficou de fora do Mundial por lesão. Os dois prometem ser um bom teste para o invicto Brasil de Dunga na segunda rodada, dia 17, em Santiago.

Pelo lado chileno, destaque para o meia Vidal, uma das referências da vice-campeã europeia Juventus. Junto a Aránguiz, Valdivia, Sánchez e Vargas e com torcida a favor, os chilenos podem ir bem. Além do Equador, os donos da casa medem força na primeira fase com a Bolívia, campeã em 1963 e atualmente liderada por Marcelo Moreno, revelado pelo Vitória; e com a Jamaica, seleção convidada.RTEmagicC_copadasamericas-x3.jpg

Outro convidado é o México, que usará time B porque vai priorizar a Copa Ouro, da Concacaf. Giovanni Dos Santos, Chicharito, Vela e Ochôa não foram convocados.

Retrospecto

O Brasil, disposto a apagar o vexame da Copa do Mundo, chega à Copa América com o melhor retrospecto pós-Mundial em relação aos concorrentes.

Com nove vitórias nos primeiros nove amistosos (o décimo foi realizado ontem, contra Honduras), a Seleção canarinho mira o sucesso no Chile, onde conquistou o bicampeonato Mundial em 1962 diante da Tchecoslováquia, no mesmo estádio Nacional da final deste ano.

Mas o ótimo aproveitamento não deixou o clima mais tranquilo na Seleção, que entra na competição com a obrigação de vencer. “Não entendo. Em 2007, quando ganhamos, a Copa América não era tão importante assim. Agora parece que tem o mesmo valor da Copa do Mundo”, comentou Dunga, campeão na edição da Venezuela.

Com oito vitórias e dois empates em dez jogos, o Uruguai chega invicto pós-Copa. A diferença é que, diferentemente do Brasil, que bateu campeãs do mundo como Argentina e França, os uruguaios não enfrentaram nenhuma seleção do primeiro escalão.

A Colômbia também chega com 87% de aproveitamento pós-Copa. Só perdeu do Brasil, por 1×0, em setembro do ano passado, na reestreia de Dunga. Enquanto isso, a Argentina, que está no grupo teoricamente mais forte (Uruguai, Paraguai e Jamaica), chega com 75% de aproveitamento – já sob o comando de Tata Martino, os hermanos perderam para Brasil e Portugal.

A nota negativa fica para o Paraguai, que só ganhou uma de nove partidas no período.

Fonte: Correio 24h