Os preços da gasolina, diesel e etanol vendidos nos postos brasileiros registraram queda após uma série de ganhos semanais consecutivos neste ano, que levaram os valores para máximas históricas, informou, nesta quinta-feira (15), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A cotação média da gasolina na bomba recuou 0,21 por cento entre 4 a 10 de fevereiro, na comparação com a semana anterior, para 4,212 reais por litro.
O valor médio do diesel no país recuou 0,2 por cento, para 3,388 reais por litro, na mesma comparação, enquanto o etanol hidratado caiu 0,07 por cento, para 3,021 reais por litro.
Os recuos verificados nas bombas, após valores recordes nominais (sem considerar a inflação), tiveram menor intensidade do que os anunciados pela Petrobras na semana do levantamento da ANP.
No período analisado, a Petrobras anunciou várias reduções diárias no diesel: de 1,8 por cento para 7 de fevereiro; 0,7 por cento no dia 8; 2,6 por cento no dia 9; e 0,2 por cento no dia 10. Algo semelhante ocorreu para a gasolina: quedas de 1,5 por cento no dia 8 e 3 por cento no dia 9.
Os reajustes positivos da Petrobras se deram apenas no dia 6: 0,6 por cento para o diesel e 0,5 por cento para a gasolina.
A redução de preços foi verificada na mesma semana em que autoridades, como o presidente Michel Temer e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, reclamaram que as reduções implementadas pela Petrobras não estavam chegando nas bombas.
Houve até mesmo declarações de que o setor de combustíveis praticaria cartel, da parte do ministro Moreira Franco, que encaminhou o assunto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Os setores de revendas e distribuição de combustíveis, contudo, refutaram comentários de autoridades de que um suposto cartel impediria o repasse de cortes de preços realizados pela Petrobras, afirmando que a alta nas cotações nos postos para níveis recordes está associada à elevada carga de tributos.
O segmento afirma que o país conta com cerca de 40 mil postos que concorrem no mercado, e que o repasse de preços da Petrobras não ocorre imediatamente aos reajustes realizados pela estatal, devido a questões técnicas e operacionais.