O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) pediu, nesta sexta-feira (7), a prisão preventiva das supostas pessoas envolvidas na morte de tio e sobrinho suspeitos de furto em supermercado de Salvador. O órgão, no entanto, não detalhou quantas pessoas podem estar envolvidas, nem revelou as identidades delas.
Além disso, o MP-BA também solicitou a prisão preventiva de representantes da rede Atakarejo por terem contribuído com o desfecho trágico.
Segundo o MP-BA, o órgão recebeu os pedidos de medidas cautelares, nesta sexta, provenientes do inquérito policial (IP) que apura o crime ocorrido em 26 de abril, quando Bruno Barros da Silva, de 29 anos, e Ian Barros da Silva, de 19, respectivamente tio e sobrinho, foram encontrados mortos.
Ainda nesta sexta, o órgão público também fez o pedido de busca e apreensão de aparelhos celulares, instrumentos telefônicos, telemáticos, eletrônicos, câmeras de segurança e de todos os elementos que guardam relação direta com o crime. O MP-BA, no entanto, não detalhou quem são os alvos.
Já na quinta-feira (6), o supermercado Atacadão Atakarejo informou que os seguranças investigados no caso de Bruno Barros e Yan Barros foram afastados.
A família de Bruno e Yan disse que eles foram entregues pelos seguranças e gerentes do supermercado, que fica no bairro de Amaralina, para suspeitos de tráfico de drogas no Nordeste de Amaralina, na capital baiana. Os dois foram entregues após serem flagrados furtando carne no estabelecimento.
O Atakarejo não disse quantas pessoas foram afastadas e nem a data em que isso ocorreu.
Os seguranças estão entre pelo menos treze pessoas já ouvidas pela Polícia Civil no inquérito que apura o crime.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), haviam mais depoimentos previstos para esta sexta-feira. As equipes também analisam imagens das câmeras de segurança do supermercado.
Entenda o caso
Bruno Barros, de 29 anos, e Yan Barros, de 19 anos, tio e sobrinho, foram achados mortos dentro do porta-malas de um carro, na localidade da Polêmica, no bairro de Brotas, em Salvador, no dia 26 de abril. De acordo com a Polícia Civil, eles foram torturados e atingidos por disparos de arma de fogo.
À época, a polícia informou que a motivação do crime estava relacionada ao tráfico de drogas. No dia 29 de abril, a mãe de Yan, Elaine Costa Silva, revelou que ele foi morto após ter sido flagrado pelos seguranças do supermercado Atakarejo por furtar carne no estabelecimento. Eles teriam sido entregues para suspeitos de tráficos de drogas.
G1 Bahia