A onda de violência associada a símbolos de facções criminosas tem causado pânico na Bahia. Agora, sinais simples como cortes de cabelo, gestos com as mãos, ou até camisas estampadas podem resultar em tragédias.
No último dia 6, em Feira de Santana, Marcos Vinícius Alves, de 20 anos, foi morto após postar uma foto com um gesto associado a facções. Mesmo sem antecedentes criminais, ele foi executado após os criminosos conferirem a postagem em seu celular. Casos semelhantes ocorreram em Camaçari e outras cidades.
Moradores têm alterado hábitos por medo. Victória Barbosa, do bairro Asa Branca, orienta familiares a evitar gestos e palavras que possam ser associados a facções. “Tudo é motivo para matar”, desabafou.
Segundo o sociólogo Antonio Soares, facções criam códigos visuais e comportamentais que reforçam sua identidade, ampliando o conflito e o terror social. Ele alerta sobre a necessidade de campanhas educativas e mais ações de segurança pública.
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP/BA) reforça que as forças policiais não permitirão que facções ditem regras e destaca a intensificação de ações contra líderes criminosos, pedindo que denúncias sejam feitas pelo Disque Denúncia, no 181.