O cantor Oruam usou as redes sociais para criticar o projeto de lei intitulado “Lei Anti-Oruam”, apresentado pela vereador de São Paulo, Amanda Vettorazzo (União Brasil). Na plataforma, o rapper, que é filho de Marcinho VP, uma das maiores lideranças da facção criminosa Comando Vermelho (CV), chamou a edil de “doente mental” e afirmou que canta a sua realidade.
“Doente mental. Nós cantamos o que nós vivemos, idiota. Quando é ‘playboy’ cantando, fazendo apologia, cantando o que não vive, ninguém fala nada, mas se a gente canta o que vive, o povo fica nessa. Vai proibir o caralho. ‘Tu’ nem força tem para isso, bonona! Quer midia? Nós vamos te dar mídia, bobona. Até se proibir, nós vamos cantar. Nós somos o ódio. […] Eu nunca vi a pessoa estudar para falar merda”, disse Oruam no Instagram, nesta quinta-feira (23).
O PL foi protocolado por Amanda Vettorazzo no início da semana. A proposta consiste em combater a apologia ao crime, às drogas e à sexualização em músicas.
“Não podemos permitir que letras que exaltam o crime, o uso de drogas ou sexualizem a infância sejam financiadas com dinheiro público”, afirmou a vereadora.
Nesta semana, Oruam, que estava confirmado no carnaval de Salvador, teve o show na festa popular cancelado. O Bloco do Bruxo, que teria o trapper como atração, alegou que a decisão partiu de uma “incompatibilidade de agenda”.
Na quarta-feira (22), o cantor fez uma série de stories para criticar a imprensa. Em seu pronunciamento, Oruam dsse não ter escolhido “o pai que tem”.
“Mesmo se pudesse escolher, escolheria o Marcinho porque ele é um exemplo de pai para mim, independente dos erros dele”, cravou o trapper.