Ainda não há consenso na oposição sobre o apoio a pedidos de impeachment de Lula protocolados na Câmara devido ao escândalo do INSS.
Embora a medida seja encampada boa parte da base bolsonarista, há divergências por conta das consequências que o afastamento do presidente provocaria, uma vez que a eleição ocorrerá já no ano que vem.
Alguns deputados do campo conservador avaliam que a melhor estratégia seria “desgastar” o governo até 2026 em vez de atuar pelo impeachment. Como desdobramento de um eventual afastamento de Lula, o atual vice, Geraldo Alckmin, do PSB, assumiria a Presidência às vésperas da corrida eleitoral, tendo em vista a demora inerente a um processo do tipo.
Para o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcanti, substituir Lula por Geraldo Alckmin seria “mais do mesmo”. O parlamentar é contra a instauração do processo de impeachment neste momento. Nos bastidores, a família Bolsonaro partilha do mesmo entendimento de Sóstenes, tanto que o enfoque dado à anistia tem se sobreposto ao “fora, Lula”.
Por outro lado, o líder da Oposição na Câmara, Zucco (PL), é favorável à interrupção do mandato do presidente. “Com certeza”, diz.
Metropoles Foto Agencia Brasil